A deformidade é uma condição na qual a coluna vertebral desenvolve uma ou mais curvaturas anormais, que por sua vez podem afetar o equilíbrio global do corpo e o alinhamento, bem como, possivelmente, levar a outros problemas físicos e de saúde. Embora a condição possa se desenvolver em qualquer idade, é mais frequente surgir durante os primeiros anos da adolescência.
Um certo grau de curvatura é normal na coluna vertebral humana. Por exemplo, as curvas internas e externas suaves do pescoço, costas e parte inferior das costas são necessárias para manter o corpo devidamente equilibrado e alinhado sobre a pelve. Quando visto de trás, as vértebras de uma coluna vertebral saudável devem formar uma linha reta. Em alguém com deformidade, no entanto, a coluna vertebral se parece mais com um “S” ou um “C” do que de um “I”. As vértebras envolvidas na curva também podem rodar em certa medida, o que pode ainda contribuir para o aparecimento de uma assimetria na cintura ou nos ombros.
Há vários sinais de alerta que podem sinalizar o desenvolvimento de deformidade do adulto. Eles incluem:
Há uma variedade de razões pelas quais pode-se desenvolver deformidade em adultos. A curvatura da coluna vertebral em adultos pode ser:
Se notar qualquer um ou mais dos indicadores acima com potencial de ser uma deformidade, por favor, faça uma consulta com seu médico para obter um exame físico completo da coluna vertebral.
Se houver suspeita de deformidade, o diagnóstico pode ser confirmado usando ferramentas de diagnóstico tais como raios-x, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RNM). Para determinar a extensão à qual uma curva progrediu, utiliza-se o método de Cobb e classifica-se em termos de graus. De um modo geral, diferentemente da escoliose do adolescente, a deformidade do adulto leva além de um desequilíbrio frontal do tronco a um desequilíbrio lateral ou sagital. Essa condição é uma importante fonte de dor e incapacidade principalmente para pacientes idosos. O desequilíbrio sagital é ainda mais incapacitante para o paciente que o desequilíbrio frontal, e diversos estudos clínicos vem sendo desenvolvidos para o entendimento e tratamento dessa condição.
Para aqueles que já atingiram a maturidade esquelética, as considerações e objetivos do tratamento são um pouco diferentes do que aqueles cujos ossos ainda não estão totalmente formados. Há uma variedade de opções para o tratamento de deformidade adulta, incluindo a cirurgia. No entanto, a maioria dos cirurgiões veem a cirurgia como último recurso, e, geralmente, recomendam o tratamento não-cirúrgico, tais como medicamentos, exercícios e/ou fisioterapia como a primeira linha de defesa contra a dor e os sintomas físicos que acompanham a deformidade na coluna.
Cirurgia da coluna vertebral para deformidade é um grande desafio para adultos, e a probabilidade de complicações pós-cirúrgicas na deformidade do adulto tende a aumentar com a idade. Com o avanço da idade, alterações degenerativas podem levar a rigidez da coluna, tornando-se menos susceptíveis ao realinhamento e correção. Se a osteoporose é um fator presente, como acontece muitas vezes – especialmente em mulheres com mais de 65 anos de idade- pode ser difícil para os cirurgiões obter sucesso com a instrumentação necessária para ao procedimento cirúrgico.
Seu cirurgião pode considerar a correção cirúrgica se:
Objetivos cirúrgicos para o tratamento da deformidade adulta tipicamente incluem:
Para este fim, o cirurgião da coluna pode recomendar a fusão espinhal, cujo objetivo é corrigir a deformidade da coluna vertebral, tanto quanto possível e se fundem, ou se unem, as vértebras da curva a ser corrigida. O procedimento envolve a abordagem da coluna quer a partir da frente (abordagem anterior), por trás (abordagem posterior), ou por via extremo-lateral (XLIF/ DLIF – na parede lateral do abdome). O procedimento pode ser minimamente invasivo, e / ou também envolver uma discectomia (remoção do material de disco, para aliviar a pressão sobre a medula espinal). Vários trabalhos científicos de alta qualidade tem demonstrado que a associação do XLIF com a instrumentação pedicular percutânea é uma excelente opção minimamente invasiva para esta difícil condição, e que reduz significativamente os riscos envolvidos na cirurgia.